sábado, 26 de junho de 2010

Grupo C: balanço

Os EUA conquistaram este grupo no último minuto, mas podiam tê-lo conquistado com glória. Vítimas de erros de arbitragem em dois dos três jogos, os americanos mostraram que garra e fé são elementos essenciais para equipas que apostam em jogar no físico e em velocidade. Parecem ser daquelas equipas para quem tudo é possível, entre perder por muitos ou lutar por um lugar nas meias-finais. Um dos grandes culpados de tudo isto é o seu treinador, Bob Bradley, uma espécie de Jaime Pacheco em quem os calmantes fazem efeito. Está no meu top de treinadores.
A Inglaterra, como dizia ontem à noite Alexi Lalas, na Espn, vive na ilusão de que é uma grande equipa. Na verdade, ter alguns dos melhores do mundo não chega. A equipa entra sempre em campo em potencial desorganização, tendo lacunas graves na defesa e não apresentando um companheiro fiável para Rooney, na frente. Ter Capello, ainda assim, pode ser um bom trunfo para enfrentar os jogos a eliminar. Isto, se os jogadores lhe derem ouvidos.
A Eslovénia tentou ser o underdog do Mundial. Jogou sempre de uma forma muito dura, tentando depois com ataques rápidos resolver o jogo a seu favor. Ainda assim, o seu maior erro foi acreditar que a Argélia podia pontuar neste Mundial. Saem com a sensação de que podiam ter feito algo mais pela qualificação.
A Argélia e o seu treinador, um dos românticos do campeonato. Foram, claramente, uma equipa sem argumentos. Ainda assim, conseguem sair com alguns dos seus jogadores em alta, e felizes por só terem sofrido dois golos em três jogos. Faltou-lhes coragem para, usando um ponta-de-lança mais incisivo (Ghezal), tentar marcar um golo. Mas não saem envergonhados da competição.

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