sábado, 26 de junho de 2010

Grupo D: balanço

A Alemanha sai por cima, mas já mostrou as suas fragilidades. No entanto, é das suas forças que temos que falar. Ozil é um jogador fora-de-série, que aparece em grande num Mundial de futebol quando pouco era conhecido fora do seu campeonato. Os alemães, apesar de muito jovens, são os alemães. E foi isso que mostraram em campo, quer quando defrontaram adversários retraídos (Austrália), quer quando tiveram que ganhar (Gana). Vão ter que crescer nos jogos a eliminar.
O Gana é a mais europeia das equipas africanas. Joga no erro do adversário e no físico dos seus jogadores. Essas duas armas valeram-lhe a qualificação, mas vão precisar de arriscar mais para vencer um jogo nos oitavos-de-final. E essa é a dúvida que o Gana me deixa (já foi assim na Taça das Nações Africanas): esperar para ganhar pode levar-nos longe, mas coloca-nos sempre perto de não ter mais o que esperar.
A Austrália foi a decepção da primeira jornada e acabou por ser esse resultado que os condenou à eliminação. Contra Gana e Sérvia, recuperaram a alegria do seu jogo, aplicando os princípios que tornam a equipa down under tão atraente de ver. Ainda assim, a inocência de alguns dos seus jogadores acabou por receber uma resposta implacável neste campeonato: sonha-se para lá chegar, mas não se ganha com sonhos.
A Sérvia é vítima da sua personalidade. Egocentrismo dramático, com queda para a tragédia. Perdem jogos por erros infantis, ganham à equipa favorita, perdem contra um adversário acessível quando estavam bem perto de se qualificar. Que boa seria a equipa sérvia se não fossem os sérvios.

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