domingo, 27 de fevereiro de 2011

Salvação, procura-se

O Sporting joga na Choupana o primeiro encontro sem Paulo Sérgio. A partir de segunda-feira, José Couceiro, o homem que disse que nunca seria treinador desta equipa, fará a sua estreia.

Nunca digas nunca

Serão os adjuntos de Paulo Sérgio, Alberto Cabral, Sérgio Cruz e Nuno Valente a assumir a responsabilidade de liderar os verde e brancos no jogo frente ao Nacional. Num momento de transição para a liderança de José Couceiro, o objectivo de todo o grupo é manter-se de pé, apesar do que não pára de acontecer a este conjunto. Depois de lhe terem sido negados reforços que todos percebiam ser necessários, os jogadores perderam Presidente, Director Desportivo e Treinador, numa sequência de acontecimentos que os colocou fora da Taça de Portugal e da Liga Europa, os mantém no campeonato com vários perseguidores na luta pelo terceiro lugar (objectivo mínimo para um grande) e os levará ao Estádio da Luz para disputar com o seu principal rival a presença na final da Taça da Liga.

Numa semana em que se joga quase tudo do pouco que resta ao Sporting, a Direcção interina liderada por Nobre Guedes, tirou da cartola a surpresa Couceiro. No que poderá ser visto como mais um erro de timing – teria sido muito mais racional anunciar a saída de Paulo Sérgio na passada quinta-feira, depois da eliminação frente ao Glasgow Rangers – a Administração leonina coloca, ainda, em cheque, José Couceiro, que chegou ao Sporting para ser um elo de ligação entre a equipa e os dirigentes, vendo-se agora à frente de um grupo esfarrapado, numa clara antecâmara para mais uma despedida,  sem honra nem glória, do Sporting.

Tempo de assumir

Pelos lados de Alvalade, muitos gostariam de ver passar o mês que falta até às eleições em fast forward. Isto porque, sendo hora de alguém assumir o barco que se vai afundando, ninguém tem reais poderes para o fazer até ao dia 26 de Março. A José Couceiro pede-se, sobretudo, que não deixe os jogadores perderem noção das suas funções. Mesmo que os objectivos pareçam rarear, é fundamental que os atletas continuem a representar o emblema leonino com a categoria e o respeito que este merece.

Dentro de campo, será muito importante encontrar oportunidades para galvanizar o plantel. Pontuar na Choupana é fundamental para respirar fundo e chegar confiante à meia-final da Taça da Liga. Para além disso, todos precisam de uma exibição convincente, para que os próprios jogadores não deixem de acreditar nas suas capacidades.

O regresso de Carriço

Depois de ter ficado afastado dos jogos da passada semana devido a um castigo europeu e a problemas musculares, Daniel Carriço regressa ao centro da defesa leonina na Choupana. A chegada do capitão obrigará à saída de um dos centrais utilizados frente ao Rangers, sendo que o mais provável será ver Torsiglieri fazer companhia ao jogador formado no Sporting.  O boletim clínico dos leões inclui os nomes de Pedro Mendes e Valdés, mas em comparação com o onze utilizado na passada quinta-feira, apenas Maniche é esperado como novidade  do meio-campo para a frente.

Na equipa do Nacional da Madeira, Luís Alberto, Skolnik e Orlando Sá estão às ordens de Jokanovic, depois de terem passado a semana  em recuperação física. A equipa madeirense tem Nuno Pinto castigado e Mihelic e Pedro Oldoni lesionados. Mantendo esperanças em atingir a qualificação europeia, os alvi-negros esperam garantir os três pontos.

Na história dos confrontos entre as duas equipas, o empate tem sido o resultado dominante nas últimas três épocas. Mas desta vez, ambos os conjuntos sabem que só a vitória os coloca mais perto das suas ambições.

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