terça-feira, 13 de março de 2012

Conquistar um ponto é uma arte

Álvaro Magalhães já teve momentos de glória no Girabola, como quando conquistou o título, em 2010, à frente do Interclube. Mas esta temporada regressa ao campeonato angolano com uma missão bem mais espinhosa. Conseguir que o Nacional de Benguela assegure a manutenção. A equipa benguelense foi a última a garantir lugar no Girabola 2012, conquistando esse direito através da liguilha realizada em janeiro passado. Assim, tiveram pouco mais de um mês para preparar o campeonato, recorrendo para isso ao experiente treinador português.

Depois de ter perdido em casa na primeira jornada, o Nacional deslocou-se até Luanda para defrontar o Progresso, equipa que tinha sido a surpresa da jornada inicial, por ter vencido no campo do Kabuscorp. Reconhecendo as limitações do seu conjunto, Álvaro Magalhães montou uma fortaleza defensiva para segurar a frente de ataque do Progresso. Numa tarde de imenso calor, a perspetiva de contra-atacar foi-se cedo dissipando, até porque Pedro Henriques, o poderoso avançado do Nacional, não dava sinais de estar em forma suficiente para grandes correrias. Na linha lateral, Álvaro, com a garra que todos lhe reconhecem, suava e gritava para que a sua equipa conseguisse manter o posicionamento defensivo.

Para conquistar um ponto, o Nacional aliou o rigor defensivo a uma excelente exibição do guarda-redes Vêdê. O baixinho número 1 benguelense foi a última barreira para a obra de arte conseguida por Álvaro Magalhães. Faltam ainda, no entanto, 28 jogos para marcar e não sofrer golos. Uma epopeia que até o um guerreiro, como Álvaro, não verá como fácil de ultrapassar.

Vai começar o Moçambola

É já este fim de semana que começa o campeonato de futebol em Moçambique. A época já começou, com o Ferroviário a vencer a Supertaça e a Taça de Honra/Sojogo. A equipa moçambicana também conseguiu ultrapassar a pré-eliminatória da Taça CAF, da mesma forma que o Liga Muçulmana avançou para a próxima eliminatória da Liga dos Campeões Africanos. Razões para acreditar que, em Moçambique, haverá morada para o bom futebol em 2012.

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