quarta-feira, 27 de junho de 2012

Portugal no caminho da final


A seleção portuguesa tem estado, nos últimos anos, no caminho das finais das grandes competições. Depois de atingir a final do Euro em 2004, os portugueses foram sempre eliminados por finalistas ou campeões. Oito anos depois, Portugal quer vencer o seu primeiro grande título. Será capaz?

Cristiano Ronaldo tinha apenas 21 anos, lutava pela titularidade no Manchester United, onde era um promissor extremo, vestia a camisola 17 e acabara de ser promovido a titular na seleção portuguesa. Foi em 2004 que Portugal disputou a primeira final da sua história e o jovem madeirense ainda não era nada daquilo em que se transformou nos últimos oito anos.


Hoje, Ronaldo é a figura da seleção portuguesa e um dos jogadores de topo mundial, sempre na discussão do título de melhor jogador. Depois de vencer títulos em Inglaterra e Espanha, juntando-lhes uma Liga dos Campeões e um Mundial de Clubes, o avançado procura um título a nível de seleções.

Com Paulo Bento, que foi seu colega no Sporting, e vários jogadores que partilharam a formação no clube de Alvalade, Cristiano Ronaldo é o líder natural desta seleção, que vê nele o homem capaz de decidir nos momentos mais complicados. Foi assim nos jogos frente à Holanda e Rep. Checa, tal como já havia sido na qualificação. Ainda assim, a equipa de Portugal mostra valor para lá do seu craque.

Pepe é o jogador que partilha a liderança da equipa com Ronaldo. Em 2004, preparava-se para dar o salto do Marítimo para o FC Porto. Desde que chegou à seleção portuguesa, em 2008, o defesa-central tem demonstrado uma entrega total à equipa, sendo até um jogador diferente daquele que evolui regularmente pelo Real Madrid. Se em Espanha o acusam de ansiedade e excessiva dureza na abordagem dos lances, quando representa a Seleção, Pepe é um jogador calmo e concentrado, sempre muito ativo na recuperação da bola e no lançamento dos ataques.

Perante a Espanha, Portugal tem um longo historial de encontros. No entanto, servem de referência os dois mais recentes, ambos realizados em 2010. No Mundial, Portugal optou por recuar as suas linhas perante a ameaça espanhola. No particular realizado meses depois, no Estádio da Luz, Paulo Bento preferiu enfrentar a equipa adversária com a intensidade de jogo que tem vindo a caracterizar Portugal.

Talvez no jogo de hoje se encontre uma opção intermédia. Em jogos a eliminar, a Espanha não sofre golos desde 2006. A sua maior arma tem sido a capacidade de segurar a bola, evitando as oportunidades do adversário. Perante isso, recuar linhas não será uma solução muito viável, esperando-se que o meio-campo português pressione não sobre o homem que tem a bola mas a fechar as triangulações que caracterizam o tiki-taka.

Um jogo, seguramente, para recordar, já que a longa rivalidade entre portugueses e espanhóis nunca teve um palco tão elevado para se disputar. Em 90 ou 120 minutos, com ou sem grandes penalidades, apenas uma das seleções da Península Ibérica marcará presença na final do Euro 2012. Será Portugal.


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