segunda-feira, 4 de junho de 2012

Que sorte para as equipas britânicas?


Enquanto a Inglaterra se vê atingida por uma série de lesões que impedem dez dos possíveis convocados de jogar no Euro, a Rep. Irlanda, com Trapattoni no comando, espera surpreender um dos favoritos à vitória.

Os ingleses bem poderão entrar para a história como a equipa que passou por maiores convulsões em vésperas de um Europeu. Para começar, a saída de Fabio Capello deixou a seleção orfã de treinador durante uns meses. Stuart Pearce, técnico da equipa olímpica, assegurou a transição até ao final do campeonato, quando Roy Hodgson foi finalmente anunciado. A escolha deixou de sobrolho franzido muitos analistas, que esperavam uma aposta mais forte da Federação Inglesa. Mas esta optou, claramente, pela experiência de um técnico que já passou por muito no futebol internacional.


A juntar à ausência de Wayne Rooney nos primeiros dois jogos, devido a castigo, os ingleses viram-se privados de Frank Lampard, Gary Cahill, Jack Wilshere e Chris Smalling, todos possíveis titulares, por causa de lesões. Assim, à frente de Joe Hart, na baliza, a defesa deverá ser composta por Glen Johnson, John Terry, Joleon Lescott e Andy Cole. Na zona intermediárias, Steven Gerrard e Scott Parker asseguram as transições, sendo que Hodgson parece inclinado a utilizar uma linha de três médios ofensivos com James Milner, Ashley Young e Theo Walcott a aparecerem como os principais candidatos ao lugar. No entanto, Alex Oxlade-Chamberlain e Stewart Downing são tão boas opções.

Na frente, e perante a impossibilidade de ter Rooney, a dúvida parece estar entre jogar Danny Welbeck e Andy Carroll. Escolher um ou outro é decidir por estilos completamente diferentes. Enquanto Welbeck é um jogador muito móvel que poderá bem trocar com os médios mais ofensivos para criar um ataque muito imprevisível, Carroll é o típico jogador que se fixa entre os centrais, acrescentando poder de fogo aéreo à equipa inglesa. Até à próxima segunda-feira, o treinador terá que decidir quem quer para enfrentar a seleção francesa.

O outro concorrente britânico é a República da Irlanda, que regressa a uma grande competição liderada pela velha raposa italiana, Giovanni Trapattoni. Os irlandeses chegam ao Euro depois de terem afastado a Estónia no play-off, com um estilo de jogo que agrega a concentração defensiva típica dos italianos, com a garra e a combatividade que sempre foi imagem de marca das equipas do Eire.

Na baliza, têm um guardião com larga experiência de Premier League, Shay Given. A linha defensiva composta por quatro elementos também deverá optar pela experiência, com Stephen Kelly a ocupar o corredor direito, Richard Dunne e Sean St. Ledger nas posições centrais e John O'Shea descaído na esquerda, sendo que estes dois últimos poderão inverter os seus posicionamentos.

No meio-campo, Trapattoni deverá ter Glenn Whelan e Darren Gibson ao centro, com Damien Duff e Aiden McGeady a fazerem o trabalho nas faixas, numa formação que estará desenhada num típico 4x4x2. Os lugares da frente são para a estrela da equipa, Robbie Keane, com Kevin Doyle a assegurar o lugar de ponta-de-lança, muito disputado por Shane Long.

Os irlandeses terão um teste final esta noite, frente à Hungria, antes de iniciarem a competição. Num grupo onde Espanha e Itália partem como favoritos, a Rep. Irlanda terá que fazer uma grande surpresa para conseguir passar à segunda fase.


Sem comentários:

Enviar um comentário