terça-feira, 28 de agosto de 2012

Acreditar não chega, Sá Pinto


O discurso do treinador do Sporting, Ricardo Sá Pinto, está recheado da palavra “acreditar”. Mas, pelo que a equipa demonstrou no Estádio de Alvalade, ontem, acreditar não chega.

O onze apresentado para defrontar o Rio Ave cometia alguns dos mesmos erros do ano passado (como manter os extremos muito afastados do ponta-de-lança ou não recorrer a um verdadeiro número 10), juntando-lhes uma nova tendência (utilizar dois médios recuados frente a uma adversário que se fecha em redor da sua área) que parecia não prometer nada de bom.


Para além disso, a displicência com que a equipa abordou a primeira parte apenas serviu para alimentar a confiança do Rio Ave que, no início do jogo, não era muita, mas foi crescendo aos poucos, com Felipe Augusto a mostrar-se como craque e Esmael e Del Valle como boas opções para uma equipa que explora os espaços vazios na defensiva adversária.

Finalmente, se Sá Pinto e a equipa acreditam, o mesmo parece não acontecer com uma boa parte dos adeptos. Ontem, o treinador cometeu um dos seus excessos incompreensíveis. No final da partida, e perante os assobios de uma das bancadas, Sá Pinto “obrigou” os seus jogadores a dirigirem-se a um grupo de adeptos, como que em sinal de contrição.

Apenas mais um gesto de confusão sobre quem deve pensar e mandar para os lados de Alvalade.

Sem comentários:

Enviar um comentário