domingo, 10 de março de 2013

Um onze igual à procura de resultados diferentes


|Luís F. Cristóvão


Jesualdo Ferreira apresentou no Municipal de Coimbra um onze semelhante ao utilizado frente ao FC Porto, na jornada anterior, esperando que a equipa desse respostas diferentes. No encontro frente aos campeões nacionais, o objetivo passava por ocupar espaços, recorrendo a um trio de jogadores com capacidades defensivas na intermediária, aguentando assim o ímpeto ofensivo do adversário. Frente à Académica, esse mesmo trio, teria que fazer a equipa avançar no terreno, com posse de bola, de forma a procurar o desejado golo.

Obviamente, não resultou.


Por muito que Jesualdo Ferreira insista na capacidade que Eric Dier possa ter para vir a ser um bom médio, a verdade é que o inglês é, neste momento, o melhor defesa central à sua disposição. Não é virgem, em Portugal, esta ânsia de tentar encontrar nos jogadores características que treinadores anteriores não vislumbraram. Os casos de sucesso são fortemente glorificados por analistas e adeptos, transformando o treinador de futebol num visionário sem limites, que faz nascer fartas plantações em solo árido.

Ora, esse não pode nunca ser o método para avaliar a capacidade de um treinador.

O Sporting foi assim uma equipa incapaz de enfrentar o encontro como ele exigia: pegando na bola e atacando as linhas, mais recuadas, dos Estudantes. Se fosse preciso um exemplo, o próprio Jesualdo Ferreira encarregou-se de o demonstrar, quando apresentou um meio-campo composto por Rinaudo, André Martins e Labyad já durante a segunda parte. Esteve bem o treinador a mudar a equipa, conseguindo uma etapa complementar bem melhor do que a inicial? Não o podemos colocar assim quando o problema principal do conjunto leonino esteve na forma como o treinador lançou o jogo.

Cumprindo com a sua reconhecida exigência, Jesualdo deveria ter assumido o erro. 

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